Estou escrevendo um novo recomeço. Parece pleonasmo, mas não é. Estou recomeçando novamente mesmo. Atualmente, com a quantidade de tr...



Estou escrevendo um novo recomeço. Parece pleonasmo, mas não é. Estou recomeçando novamente mesmo.
Atualmente, com a quantidade de tropeços e imprevistos que apareceram no meu caminho, eu tenho todos os motivos para pensar de que é praticamente impossível conseguir tudo o que planejo alcançar até o final desse ano e início do próximo. Talvez seja o maior desafio da minha vida inteira. Mas o impossível é nada. O impossível não existe.
Baseando meus pensamentos em um livro que eu li – um dos meus favoritos, diga-se de passagem – me dei ao luxo de buscar as minhas frases e pensamentos favoritos grifados. Eles falam de espiritualidade, de superação, de buscar a nossa essência, de superar a tristeza e o cansaço, de superar um coração partido. É daqueles livros que nós lemos em que as palavras parecem estar sendo ditas para nós mesmos, diante da nossa situação. E acho que só quem já passou por isso tem essa sensação. E não pensem que eu me orgulho de já ter passado algumas vezes.
E, nas minhas frases grifadas, tinha um relato de se recuperar “graças a alegrias de prazeres inofensivos”. É como quando nós nos sentimos bem fazendo qualquer coisa pequena do dia-a-dia. Como eu havia esquecido isso? Eu deveria ter agarrado isso com todas as forças assim que li.
Hoje eu acordei com uma visão derrotada. Um vazio intenso. Uma sensação de fracasso, uma saudade sem fim, um descontrole nada bom. Nada bom para a minha saúde mental e para minhas metas. Busquei amigas, colo de mãe, sorrisos fora de hora. Percebi que aquela mulher de atitude, determinada, que sempre conseguiu o que queria tinha se perdido em algum lugar no caminho. Sobrou o medo e a insegurança, ainda nessa fase difícil. Então, minha mãe me disse: “Filha, faça o que achar melhor. Só você sabe o que vai te fazer bem”.
Assim, me dei ao luxo de fazer a pergunta que eu devo me fazer todos os dias: “O que você quer fazer, Juliana?”. O que eu procurava não era tão inofensivo assim, mas bastou para que eu me sentisse renovada, e que meu ímpeto havia valido a pena. Eu voltei um pouco ao que eu era antes.
Percebi o que eu quero pra minha vida, e o que eu tenho que fazer pra conseguir. Percebi também que eu já colocava em prática os prazeres inofensivos, mas estava muito feliz com qualquer coisa para perceber isso. Percebi que, no desânimo, é isso que continua nos salvando.
Amanhã faz uma semana. “Então espere mais uma”. E talvez eu pensasse pela manhã de hoje que não pudesse aguentar. Mas já sobrevivi a uma, por que não a outra? E vou somando as semanas, e me agarrando com todas as forças a qualquer coisa ínfima que me traga felicidade.

Permita-se. Faça a pergunta “O que você quer fazer hoje?”.

O impossível é nada, e nada é muito pouco pra mim.
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