Sempre gostei de flores, desde criança. Era daquelas que desenhava flores no caderno, que catava flores nos matinhos de jardins, que fazia c...

Sempre gostei de flores, desde criança. Era daquelas que desenhava flores no caderno, que catava flores nos matinhos de jardins, que fazia coroas de flores brincando com as amigas.
Nunca entendi bem o porque de eu gostar tanto de flores, mas minha própria mãe me contou da minha paixão por elas desde uma época da qual não sou capaz de lembrar agora. Devo ter nascido com isso.
Sempre gostei de tantas, nunca achei uma que me representasse desde sempre. Pensei que talvez existisse alguma que parecesse mais comigo, que pudesse ser associada a mim.
Foi então que eu chamei alguns amigos mais próximos (os três) e perguntei se tinha alguma flor que eles achavam mais parecida comigo. Um deles me respondeu na mesma hora: "Tulipa. Não sei por quê, mas sempre lembro de tulipas. Teu apelido me lembra uma tulipa." (Eles costumavam - costumam - me chamar de Pipoca dentre a minha lista de milhares de apelidos).
Achei no mínimo interessante, nem é uma flor que está no nosso dia-a-dia aqui, nem que sempre se olha. "Talvez seja porque seja mais diferente, mas tu tens cara de Tulipa."
Fui pesquisar e vi que o significado varia com a cor, mas pode ser de amor-perfeito a realeza. Isso nunca mais saiu da minha cabeça. Isso já faz alguns anos.

Hoje esse amigo não está mais comigo. Não, ele não morreu, ele escolheu ir embora.
Mas eu sempre lembro disso. Sempre guardei a tulipa comigo, e sempre lembro o porquê.


(Este post resultou de uma pergunta que me fizeram por esses dias, de por que minhas coisas sempre tem algo de Tulipa. Foi uma curiosidade que eu acho que já tinha comentado com umas duas pessoas, ou três, talvez.)

"e o mundo seguiu adiante...: Só quero o amor : – Alô? – Oi... – Era a tua voz do outro lado me respondendo timidamente. Se eu pu...

"e o mundo seguiu adiante...: Só quero o amor: – Alô? – Oi... – Era a tua voz do outro lado me respondendo timidamente. Se eu pudesse voltar no tempo, talvez repetisse todos os..."

Queria deixar esse link pro texto de Seane registrado aqui. Foi um dos que "me disse" que eu precisava voltar a escrever.

Se eu não tivesse calado e esperado, eu nunca saberia. (Sim, o post é só isso).

Se eu não tivesse calado e esperado, eu nunca saberia.

(Sim, o post é só isso).

Pensei se era um sinal. Essa minha mania de buscar sinais e me apegar a detalhes ainda vai me fazer mal. Mas pareceu tão real... Pareceu tel...

Pensei se era um sinal. Essa minha mania de buscar sinais e me apegar a detalhes ainda vai me fazer mal.
Mas pareceu tão real... Pareceu telepatia. Era exatamente a atitude que se encaixava ao momento. 
Malditos sonhos.
A minha voz que existe de verdade disse pra eu ficar feliz porque claro que era um sinal. Eu percebi que a ensinei a pensar mais como eu do eu mesma penso agora. Parece confuso, mas acho que ela entende. Acho que é o desânimo.

Meu prazer inofensivo do dia: chegar do hospital me sentindo mal fisicamente, olhar uma rede e me jogar nela. Nossa! Instantânea a mudança.

E então, a voz que não existe. Dessa vez eu não chamei. Nem precisei.

"Juliana, levanta daí agora!"
- Eu não, oras. Aqui tá bom.
"Juliana, tu sabe exatamente o que quer e como conseguir. Levanta daí agora!"
- Mas...
"Mas nada. Tu já fez tua parte, mas agora falta muito ainda. Confia. Toma um banho e continua firme."
(Fiquei pensando um pouco. Não tinha argumentos contra isso).
"Pode confiar no que eu digo."
- Não é tão fácil assim.
"Ninguém te disse que seria. E se disse, mentiu. Levanta!"
- É.

Não é tão difícil mentir pra mim. Mas não me acostumarei nunca com isso, não é necessário.
Desisti de discutir. Ela estava com a razão, sem dúvidas.

Levantei.


Nota mental: tentar não fazer do blog um diário. Atenciosamente, a direção.

Nota mental: tentar não fazer do blog um diário.

Atenciosamente, a direção.

No momento, me permitindo conversar com a minha voz na cabeça em um quê meio esquizofrênico. "O que você quer fazer hoje, Juliana? O...

No momento, me permitindo conversar com a minha voz na cabeça em um quê meio esquizofrênico.

"O que você quer fazer hoje, Juliana? O que te daria prazer nesse momento?"

Bem, a primeira coisa que eu quero não é algo que está no meu alcance a curto prazo, nem que seria correto de se desejar. ;)

"E o que está ao seu alcance?"

Terminar de escrever o meu texto e ficar aliviada. Isso sim me daria prazer.

"Então comece".

O fim veio de novo. Doeu mais que o de antes. Acredito que todas as mudanças da nossa vida tem um propósito. Tudo acontece para cresciment...

O fim veio de novo. Doeu mais que o de antes.

Acredito que todas as mudanças da nossa vida tem um propósito. Tudo acontece para crescimento pessoal, por mais que seja difícil de se enxergar agora. O importante é não deixar que a dor se sobreponha às coisas que nos trazem sorrisos.
Isso é muito difícil no começo, eu sei. Mas é possível. Sei que esse papo de "basta querer" parece utópico, e que é bastante clichê, até porque não é totalmente verdade. Não basta querer; tem que querer e tentar.

Eu não estava tentando. Agora eu tomei a iniciativa e decidi ir por outro caminho. Não é o caminho que eu sempre quis, mas o que me parece mais seguro agora. O que eu sempre quis não me parece, agora, o melhor.

Eu, que nunca fui de escolher caminhos seguros, tive que escolher agir diferente. Uma hora na nossa vida a gente precisa agir diferente. Eu que sempre fui uma quase-princesa, e fui acostumada como uma, tendo tudo o que eu sempre quis e conseguindo, mais cedo ou mais tarde, tudo também o que decidia querer, logo eu, tive que desistir.
Nunca fui de desistir. Eu nunca deixei de querer uma coisa porque era difícil demais, ou ainda "impossível". Eu sempre tive esperança, eu sempre fui atrás de exatamente tudo o que eu queria pra mim. Até hoje eu consegui tudo; sim, tudo mesmo, por mais que demorasse um pouco.

Hoje é um marco. Até me corrijo: não vou dizer que desisti, mas que eu tive a maior coragem de toda a minha vida para dizer não. Para decidir não querer, para me escolher de verdade. Eu tive coragem de dizer que eu não quero mais. Eu escolhi outro caminho, e não desisti. Hoje eu tive a coragem de dizer que eu não quero mais a coisa que eu mais quis em toda a minha vida.

Não é como arrancar um pensamento da minha cabeça à força agora, mas deixar ele lá de lado enquanto resolvo outras coisas que quero, até que ele mesmo resolva sair da minha memória por perceber que não tem mais espaço. Ou não.

E não desmoronar mais. Minha cabeça está erguida e a minha consciência, limpa. Eu não perdi. Eu ganhei sozinha. Eu decidi ganhar.

"Esta experiência estava provocando o início de uma mudança interna."* Hoje eu tive uma prova concreta de que nós somos o que...

"Esta experiência estava provocando o início de uma mudança interna."*

Hoje eu tive uma prova concreta de que nós somos o que nós pensamos; nós sentimos o que nos permitimos sentir. A palavra é essa mesmo: permitir.
No início da manhã, ouvi uma verdade que deixou, digamos, no mínimo, desconfortável. Aquela coisa que já sabemos, mas ouvi-la de outra pessoa nos dá uma sensação negativa. Isso ia de encontro com uma vontade minha, então nada mais normal que eu me sentisse um pouco desconfortável em saber que minha vontade não era a realidade. Percebi então que eu fiquei distraída, inquieta, com uma sensação de falta, talvez perda. Mudou completamente o modo como eu estava me sentindo.
Me permiti responder as novas perguntas da minha vida: "O que você gostaria de fazer hoje, Juliana? O que te daria prazer nesse momento?". Claro que meu celular do meu lado nas horas que respondo isso não é uma coisa completamente inofensiva, mas foi o que achei para resolver (ou tentar) dar algum efeito a curto prazo.
Mais tarde um pouco, conversando com o mesmo amigo, em vez de falar das coisas que nos incomodavam, começamos a conversar sobre nossas expectativas. Usamos inconscientemente algumas coisas negativas no momento para conversar sobre as positivas que seriam o contrário delas. Por exemplo: trocamos um "que pena que não estamos na praia agora" por um "vamos estudar que quando der tudo certo nós vamos para a praia". Trocamos no momento aquele incômodo por não poder, pela incentivo de nos imaginar conseguindo. Isso foi involuntário, mas percebi depois pela diferença de humor que surgiu a partir daí. Conversamos sobre futuro, sobre planos, sobre chances, sobre o que mudaria nas nossas vidas e como nos sentiríamos realizados quando isso acontecesse.
Eu vi a vibração que eu emitia mudar completamente de um extremo ao outro. É vibração mesmo; a gente não percebe, mas nosso corpo reage ao que nós pensamos e falamos. Mudar de uma insegurança para uma vontade maior de conseguir. Isso não é nada mais que a força da atração, dos nossos pensamentos, do que nos permitimos sentir.
A conversa continuou mais que isso, e sempre pra melhor. Além da conversa com a melhor amiga que trouxe "boas notícias". O dia me trouxe esperança - e mais que isso, certeza - de vários locais diferentes.
Cheguei à conclusão que nós podemos escolher o que queremos exatamente para as nossas vidas, mas só quando aprendermos a controlar nossos pensamentos. É uma ideia nova pra mim, e eu sei que não é fácil (tenho vivenciado isso por esses dias); mas a prova disso tudo foi meu dia de hoje.
A minha mudança interna parte do princípio de buscar os menores sinais que me trazem coisas boas. Tem sido assim, e tem funcionado bem.

"Em vez de tentar tirar os pensamentos da sua mente na marra, arrume alguma coisa melhor pra sua mente brincar. Alguma coisa mais saudável."*

Eu acredito plenamente em Deus. Mas acredito também que ele só nos dará o que queremos quando permitirmos que as mudanças aconteçam nas nossas vidas e estivermos prontos para isso.

Um agradecimento especial para Jovi e Lia. Eu amo vocês.

P.S: tentarei tirar esse tom pessoal dos meus posts da próxima vez, mas precisava compartilhar isso com vocês. :)


*Trechos do livro "Comer, Rezar, Amar".
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